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Sumário interativo

Inclusão e Acessibilidade no planetário da Unipampa

Amélia Rota Borges de Bastos, Cecília Petinga Irala, Rafael Kobata Kimura e Guilherme Frederico Marranghello

Resumo: Apresentamos neste capítulo o relato das ações que vêm sendo desenvolvidas pelo Planetário da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) no que se refere às temáticas da inclusão e da acessibilidade. Apesar de jovem, o planetário foi estruturado na criação da própria universidade, constituindo-se como um dos recursos de mediação dos conhecimentos astronômicos mais utilizados pelos professores das escolas da região de inserção da Unipampa. Por este motivo, desde cedo, recebeu os mais diversos públicos, incluindo alunos com deficiência e grupos de idosos. Este público, tão logo identificado, demandou a organização de recursos e estratégias de acessibilidade, capazes de garantir a acessibilidade neste importante espaço de mediação cultural e científica.

Introdução

A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) surge em 2006, dentro de um programa de interiorização do ensino superior que abriu campi em 10 cidades, as quais vão desde o Extremo Sul do Rio Grande do Sul, percorrendo toda a fronteira com o Uruguai, na Região da Campanha, até chegar à fronteira oeste do estado, na divisa com a Argentina, nas cidades de Uruguaiana, Itaqui e São Borja.

Toda a região onde a Unipampa se instalou está localizada na metade sul do estado do Rio Grande do Sul, sendo esta uma região castigada por um forte declínio social, econômico e cultural, durante as décadas que antecederam sua chegada. A Unipampa surge, então, como um dos pilares de um programa de recuperação da região, considerando que esta era uma região totalmente desprovida de instituições federais de ensino superior. Dentro desta região, também é necessário ressaltar, não havia nenhum museu, planetário ou centro de divulgação de ciências, e as escolas precisavam viajar centenas de quilômetros até o Museu Oceanográfico de Rio Grande, os planetários das Universidades Federais de Santa Maria ou de Porto Alegre ou ao Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, em Porto Alegre.

A Unipampa nasce dentro de uma nova proposta de estruturação de universidade, desprovida de centros, institutos ou departamentos, o que resulta em uma intensa interação entre técnicos e docentes das mais distintas áreas do conhecimento, difícil de realizar em instituições tradicionais, presas a uma estrutura compartimentada, departamental.

É neste contexto que o Programa de Extensão Universitária que daria origem ao Planetário da Unipampa começa a nascer, em 2009, no Ano Internacional da Astronomia, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O primeiro planetário inflável foi adquirido apenas no início de 2013, através de um programa de apoio da própria universidade, culminando com a inauguração do planetário fixo no equinócio de primavera de 2017, com a experiência de um trabalho conjunto, atravessado pelas temáticas da inclusão e da acessibilidade. Os equipamentos do planetário foram adquiridos com novo edital do CNPq que, assim como o anteriormente mencionado, tinham o propósito de fomentar a divulgação e popularização da ciência.

Acessibilidade no planetário à pessoa com deficiência

Em 2016, o planetário recebeu recursos do edital PROEXT/MEC, com o Programa de Extensão Astronomia para Todos. Neste ideário de divulgação e popularização da ciência, a temática da acessibilidade para pessoas com deficiência passou a ocupar um lugar especial nas discussões da equipe, engendrando movimentos de colaboração entre profissionais de diferentes áreas, como da psicologia e da educação especial.

As ações de acessibilidade desenvolvidas no planetário foram alicerçadas em duas premissas: a acessibilidade como um direito e o reconhecimento do potencial do planetário, enquanto um bem cultural, para a aprendizagem e o desenvolvimento das pessoas com deficiência.

Com relação a primeira premissa, citamos a Lei Brasileira de Inclusão – Lei n. 13.146/2015– que garante o acesso da pessoa com deficiência a bens culturais e, para tanto, prevê dispositivos legais para o acesso à informação, à comunicação, aos espaços físicos, às tecnologias assistivas, dentre outros (BRASIL, 2015).

 O ordenamento legal se soma à compreensão de que a pessoa com deficiência pode superar o déficit orgânico e recuperar os rumos do desenvolvimento, mediante possibilidades de interação e trocas culturais. Neste sentido, afirma Vygotsky:

o desenvolvimento cultural é a esfera fundamental onde é possível a compensação da insuficiência. Onde um maior desenvolvimento orgânico é impossível, o caminho do desenvolvimento cultural se abre ilimitadamente (VYGOTSKY, 1983, p. 187, tradução nossa).

Para tanto, autores como de Bastos e Dantas (2017) e Nuernberg (2008) defendem como condição ao desenvolvimento, a organização de processos de instrução e recursos de mediação pedagógicos, cujas características de acessibilidade mobilizem vias alternativas de desenvolvimento, entendidas por Nuernberg como:

As vias alternativas de desenvolvimento na presença da deficiência seguem a direção da compensação social das limitações orgânicas e funcionais impostas por essa condição. Cumpre ressaltar, contudo, que não se trata de afirmar que uma função psicológica compense outra prejudicada ou que a limitação numa parte do organismo resulte na hipertrofia de outra. A compensação social a que se refere Vygotsky consiste, sobretudo, numa reação do sujeito diante da deficiência, no sentido de superar as limitações com base em instrumentos artificiais, como a mediação simbólica. Por isso, sua concepção instiga a educação a criar oportunidades para que a compensação social efetivamente se realize de modo planejado e objetivo, promovendo o processo de apropriação cultural por parte do educando com deficiência (NUERNBERG, 2008, p. 3).

Nesse sentido, vêm sendo construídas as intervenções no planetário e produzidos os recursos e as estratégias de mediação da astronomia em uma perspectiva acessível. Apresentamos, a seguir, um relato das ações que foram desenvolvidas ao longo deste período, que se tornou cativante e enriquecedor.

Um pouco da nossa prática: ações de inclusão e acessibilidade no planetário

Ponto de partida: toda e qualquer ação de acessibilidade do planetário tem como ponto de partida o visitante com deficiência. Os recursos, as estratégias e os serviços disponibilizados devem responder às necessidades dos usuários, de forma a garantir-lhes a máxima participação com autonomia nas atividades desenvolvidas. Essas necessidades são identificadas a partir do agendamento das sessões. Através de formulário on-line os visitantes podem indicar a      deficiência e demandar recursos ou serviços, tais como: intérprete em Libras; audiodescrição; auxílio para mobilidade e locomoção; disponibilização de materiais táteis para mediação dos conceitos abordados ao longo da visita; atendimento individualizado; estratégias de antecipação; oferta de roteiros prévios, dentre outros.

Para além da identificação destas necessidades, feitas a partir dos usuários do planetário, a equipe propõe novos recursos a partir da identificação das demandas que as visitas de grupos heterogêneos impõem. Cabe ressaltar que toda e qualquer proposição tem a validação dos grupos para os quais os recursos e as estratégias foram pensadas. Muitas dessas estratégias resultam da pesquisa científica. Para além da extensão, o planetário se constitui em espaço para a pesquisa e o ensino, pilares que constituem a universidade.

Os visitantes, também pela página, podem ter acesso ao conteúdo das sessões, à faixa etária para qual elas são indicadas e os recursos de acessibilidade de que dispõem. Como exemplo, citamos as sessões: Filhos do sol e Ilha de vida. A primeira conta com tradução em Libras para pessoas com deficiência auditiva, e ambas são recomendadas para pessoas com deficiência visual, por terem uma característica bem descritiva e contarem com recursos hápticos (táteis) para apoio às informações orais e visuais.

Estratégias de antecipação: dentre as demandas por acessibilidade identificadas pela equipe, estão as estratégias de antecipação da visita. Quando da utilização do domo móvel, a equipe percebeu que crianças pequenas e/ou com o espectro do autismo, demonstravam resistência para ingressar no domo. Assim, passou a explorar com o visitante, antes da sessão, o ambiente, o que envolve contornar o domo, perceber seus barulhos e de onde provém, entrar com lanterna na sessão, dentre outras ações. Outro material produzido e que se constitui como estratégia de antecipação é a visita virtual (ainda em fase de aprimoramentos e testes)[1].

As estratégias de antecipação são recomendadas para pessoas com o espectro do autismo como forma de evitar comportamentos que podem afastar o aluno da visita. Para estes alunos, também pode-se utilizar estratégias como: diminuição do volume da sessão, ambiente levemente iluminado (o que pode incluir uma minilanterna para o visitante) e a possibilidade de circulação na sala, se necessário. Ressalta-se que estas estratégias também podem ser utilizadas (e são) com crianças pequenas. Uma outra versão acessível da visita virtual encontra-se em produção e envolve legenda escrita para a informação oral e janela de Libras.

Materiais/recursos hápticos: alguns materiais táteis foram desenvolvidos para apoio às sessões. Dentre eles, cita-se: mapa de constelações, sistema solar em escala e um modelo explicativo sobre as fases da lua. Para além destes materiais, uma maquete do planetário foi confeccionada, para permitir ao visitante cego ou com baixa visão a compreensão da arquitetura do prédio, principalmente do domo. Sendo um planetário universitário, todos estes materiais foram desenvolvidos em conjunto com nossos alunos e validados com os usuários.

Serviços de intérprete de Libras e audiodescrição: em geral, as turmas escolares que necessitam de intérprete de Libras já visitam o planetário acompanhadas deste, entretanto, como a universidade conta com estes profissionais, os serviços podem ser requisitados mediante agendamento prévio e envolvem todo o tempo da visita. Como, dentro da cúpula, o ambiente escuro se torna uma barreira para o intérprete, estamos trabalhando, pouco a pouco, para inserir a janela de Libras em cada uma de nossas sessões.

Formação dos planetaristas: Nossos planetaristas são alunos dos cursos de graduação e pós-graduação da Unipampa e, sendo assim, o planetário se constitui como um espaço de formação. Cada um dos planetaristas é também um bolsista, orientado por um servidor da universidade. Alguns deles são orientados pela professora da área de inclusão e seu trabalho está mais diretamente ligado à implementação destes recursos. Os demais planetaristas participam de ações de formação, tanto para o uso dos equipamentos como sobre as temáticas da acessibilidade. Em 2020, teríamos implementado uma sequência de reuniões técnicas para discussão e estudo das barreiras identificadas e os recursos e estratégias que devem ser providenciados para eliminá-las, com toda a equipe do planetário, mas, infelizmente, esta estratégia teve que ser postergada.

Bolsistas com enfoque em acessibilidade: anualmente, o planetário faz seleção de bolsistas e destina uma cota para um bolsista cujo plano de trabalho tenha como centralidade a produção de materiais acessíveis, sendo que alguns deles acabam por transformar sua pesquisa em um trabalho de conclusão de curso, em especial, os alunos dos cursos de licenciatura em Física e Química.

Acessibilidade arquitetônica: O prédio do planetário possui acessibilidade arquitetônica. Não existem escadas, e o acesso ao segundo pavimento é feito por uma rampa. Os espaços também possuem sinalização em braile e uma maquete é utilizada para garantir a orientação e mobilidade dos usuários cegos. Banheiros também seguem normas de acessibilidade. Dentro do domo existem 52 assentos e espaço para quatro pessoas em cadeiras de rodas e, em ocasiões especiais, com agendamento prévio, algumas poltronas podem ser removidas.

Antecipação da sessão para os intérpretes: A maioria de nossas sessões são de distribuição livre e disponíveis na web, podendo ser disponibilizadas previamente para intérpretes de Libras. Esta estratégia favorece a interpretação, uma vez que, com o vocabulário da sessão antecipado, intérpretes e usuários surdos podem se apropriar previamente de sinais específicos abordados ao longo das sessões.

Para além da acessibilidade para alunos com deficiência, o planetário conta com sessões especiais para públicos específicos, como o projeto Um olhar para o universo: astronomia e cultura para terceira idade, para o qual dedicamos a próxima seção.

Visitas da terceira idade

Ao longo das várias atividades promovidas pelo planetário, percebeu-se que a participação do público da terceira idade ainda era muito pequena. No ano de 2018, foi recebida apenas uma turma inteiramente de idosos, e a constatação de tal fato fez crescer a necessidade de que o planetário promovesse ações que levassem à apropriação do planetário por este público, em consonância com o que prega o estatuto do idoso:

Art. 3º – É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2003).

Neste sentido, com base em experiências com boa receptividade, como as promovidas pela Universidade de São Paulo (USP)[2] e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (BRUXEL; BRITO, 2016), desde 2018, o Planetário da Unipampa passou a promover encontros mensais dedicados exclusivamente aos idosos.

Partindo do princípio de que as pessoas mais idosas possuem saberes sobre os diversos fenômenos que acontecem no céu, o Planetário da Unipampa vem buscando compreender a identidade cultural de pessoas com mais de 60 anos, assim como busca refletir sobre os impactos dessa cultura na educação dos mais jovens, através dos conhecimentos passados de geração para geração. Tendo por base a astronomia nas culturas, área que estuda a relação entre os fenômenos da astronomia com lendas que nascem da sabedoria popular (JAFELICE et. al., 2010), o planetário busca valorizar esse saber que surge da intuição e da vivência reflexiva do cotidiano, tratando-o como uma cultura específica da comunidade da terceira idade.

Composto por uma sessão de planetário e uma roda de conversa, o encontro não só apresenta o planetário para um público que muitas vezes nunca tinha estado em um ambiente como este, como abre um canal de comunicação, permitindo que essas pessoas resgatem sua relação com o céu, suas vivências em relação aos fenômenos celestes e às grandes conquistas astronômicas que marcaram época. Destacamos aqui, como exemplos, os idosos que vivenciaram um eclipse solar total que ocorreu em Bagé em 1966; uma tradição que relaciona os primeiros dias de um bebê com a lua e a tradição da estrela boiadeira.

Itinerância e acessibilidade

Como mencionado na introdução deste trabalho, além do planetário fixo, ainda possuímos um domo móvel, inflável, que é levado a municípios de todo o estado. Diferentemente das sessões agendadas com antecedência no planetário fixo, onde os professores sinalizam a vinda de visitantes com deficiência, no planetário móvel isso não acontece. A identificação do visitante com deficiência é feita, muitas vezes, na hora em que a turma chega. A maioria dos recursos e serviços também são oferecidos na itinerância, como as sessões audiodescritas, em Libras, procedimentos de antecipação e acessibilidade de pessoas em cadeiras de rodas. Na estrutura móvel, é necessário sentar no chão, entretanto, quando necessário, incluímos cadeiras dentro do planetário, caso algum usuário ou turma possua limitações físicas. O túnel de entrada no domo possui recursos que também permitem a entrada de pessoas em cadeiras de rodas.

Neste momento, gostaríamos de ressaltar uma outra forma de exclusão, a exclusão social, econômica e cultural. O Rio Grande do Sul possui cerca de 11,3 milhões de habitantes, sendo que 1,5 milhão reside em Porto Alegre, resultando em uma população de aproximadamente 10 milhões de pessoas que vivem distantes da capital e dos recursos de divulgação e popularização da ciência que esta proporciona. Mesmo que consideremos a população da Região Central, com acesso ao Planetário de Santa Maria e de Bagé, o estado ainda apresenta um número expressivo de pessoas que vivem distantes de um planetário e que, por isso, não têm acesso a este recurso. É aqui que entra, na nossa concepção, a itinerância na concepção de acessibilidade e acesso.

Breves reflexões

A identificação do visitante antecipadamente é de suma importância para preparar os recursos para um melhor atendimento. Mas, mesmo quando isso não ocorre, realizamos o atendimento fazendo uso das diversas técnicas de acessibilidade.

Muito além das técnicas, é preciso ter sensibilidade nas ações propostas para identificar que cada usuário tem suas especificidades. A audiodescrição é importante, porém também é importante uma conversa, antes e depois, sobre o assunto tratado para que de fato o usuário cego tenha uma experimentação completa da sessão. A tradução da sessão em Libras é uma ótima forma de inclusão, mas como o vocabulário da Astronomia é muito complexo e distante do cotidiano do aluno, a presença do intérprete é de suma importância.

Em alguns casos, os próprios colegas fazem essa comunicação com o usuário surdo de uma maneira bem eficiente. As técnicas de antecipação para pessoas com transtorno do espectro do autismo normalmente são muito eficientes, mas é preciso respeitar as especificidades de cada um. Às vezes, uma técnica utilizada para uma pessoa não vai ser eficiente para outra, e isso precisa ser levado em conta para que se possa realizar a inclusão. Cada turma é uma turma, cada pessoa é uma pessoa, e levar isso em consideração faz toda a diferença na experiência que a turma como um todo irá ter na visita ao planetário.

Promover um planetário que promova equidade, diversidade e inclusão não é tarefa fácil, muito menos rápida. Criar um ambiente destes exige dedicação e uma associação entre profissionais das mais diferentes áreas do conhecimento. Mas é preciso compreender que este é um passo essencial e que, mesmo que não seja possível avançar a passos largos, é de extrema importância que passos sejam dados, e que sejam dados na direção correta. Também é preciso compreender que uma vez imersos neste ambiente, nos contagiamos de uma forma única.

Muitos são os desafios ainda a serem cumpridos, e a acessibilidade à informação é um grande desafio. Seja na comunicação sobre as atividades do planetário como também dentro do planetário. Dentro de um planetário universitário, a capacitação dos monitores/planetaristas/bolsistas pode se caracterizar como o maior dos desafios, mas ao mesmo tempo constitui um dos pilares de nosso trabalho. 

Conclusões

Apesar da acessibilidade ter se constituído, desde o início do planetário, como um tema transversal e colaborar na formação dos estudantes/planetaristas com relação ao tema e, ainda, apesar da existência de inúmeros recursos e estratégias para dar acessibilidade ao trabalho desenvolvido, o tema ainda merece atenção. Dentre os desafios, está a implementação de materiais que, desde a concepção, tenham um desenho universal. Obviamente, para isso, são necessários recursos materiais e humanos, nem sempre disponíveis.

É importante salientar que as sessões de planetário não são, em geral, pensadas para a acessibilidade, e isso dificulta muito a localização da janela de Libras, por exemplo. Neste momento, torna-se crucial que uma sessão de planetário seja completamente pensada a partir do desenho universal de aprendizagem.

É a partir desta concepção que iniciamos o planejamento de uma sessão acessível, acompanhada de materiais que promovam a inclusão, de forma que qualquer pessoa possa desfrutar completamente de uma visita ao planetário. Este não é um passo simples de ser dado, mas, por ser essencial para o trabalho em que acreditamos, é o próximo passo.

Agradecimentos

Guilherme F. Marranghello agradece ao CNPq, chamada 06/2019, processo 301414/2019-0.

Referências

BRASIL, 2015. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015.Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: Presidência da República, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em: 1 jun. 2020.

BRASIL, 2003. Lei n. 10.741, de 1 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm. Acessado em: 03 de setembro de 2018.

BRUXEL, G.; BRITO, A. A. Astrofísica, ciência e cultura na terceira idade. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM ASTRONOMIA, 4, 2016, Goiânia. Atas […]. Goiânia, 2016, p. 108.

DE BASTOS, A. R. B.; DANTAS, L. M. Construção de recursos alternativos para Alunos com deficiência para o ensino de química. In: PASTORIZA, B.; SANGIOGO, F.; BOSENBECKER, V. Reflexões e debates em educação química: ações, inovações e políticas. Curitiba: CRV, 2017.

JAFELICE, L. C. et al. Astronomia, educação e cultura: abordagens transdisciplinares para vários níveis de ensino. Natal: EDUFRN, 2010.

NUERNBERG, A. H. Contribuições de Vigotski para a educação. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 13, n. 2, p. 307-316, abr./jun. 2008

VYGOTSKY, L. S. Obras escogidas – Fundamentos de defectologia, V. Madri: Visor, 1983.


[1] Disponível em: sites.unipampa.edu.br/planetario/virtual/. Acesso em: 4 fev. 2021.

[2] Curso de Extensão Universitária: Astronomia para a Terceira Idade. Universidade de São Paulo (USP). Disponível em: https://www.iag.usp.br/astronomia/terceira-idade. Acesso em: 5 fev. 2021.

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