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Live “STEM Education Hub: Inclusion in STEM education and informal spaces, reflections on science capital”
Live “Potência na diversidade: trajetórias pessoais e profissionais”
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O futuro é acessível: acessibilidade em espaços não escolares - IFPA Santarém
Lançamento do ebook "Acessibilidade em museus e centros de ciências: experiências, estudos e desafios”
"Reimaginar e recuperar os museus a partir da acessibilidade"
Inclusão: construindo novas relações com o público nos museus
Museus de ciências no mundo digital: acesso e acessibilidade
I Cecierj Integra - "Experiências em Acessibilidade e Inclusão"
Práticas de acessibilidade em museus (versão curta) - Live com o Museu de Ciências da Terra
Visitantes surdocegos em museus: mediação e acessibilidade
Participação do MCCAC na Campus Party
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Acessibilidade em Museus de Ciência: parceria com o INCT-CPCT
Transcrição: A acessibilidade em museus de ciências.
Luisa Massarani, na nossa linha de estudos sobre a experiência dos visitantes nos museus de ciências e nas exposições de ciências tem toda uma parte muito importante socialmente que é entender como é que as pessoas com deficiências têm que experiência é essa que elas têm visitando museus de ciências e exposições de ciências. Jessica Norberto, Então, a gente tem convidado grupos de pessoas surdas, de pessoas cegas, de pessoas com deficiências física para fazer a visitação, em alguns museus, por exemplo, o Museu da Light, o Museu da Geodiversidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a exposição Cidade Acessível da Fiocruz que é uma exposição temporária do Museu da Vida, a Casa da Descoberta da Universidade Federal Fluminense. A gente tem convidado essas pessoas para fazer uma visitação aos museus, usando geralmente uma câmera GoPro na cabeça, ou no corpo, que a gente chama de câmera subjetiva, e a gente faz essa gravação e depois analisa sobre diversos aspectos. Quais são eles? A gente, por exemplo, avalia se essa pessoa encontrou barreiras, obstáculos, como se deu a acessibilidade atitudinal, comunicacional, física, da instituição. Como que essas instituições estão se preparado para receber esses públicos, esses diversos tipos de públicos? E também, ao mesmo tempo, olhando para o perfil e o contexto sociocultural em que essas pessoas vivem. Então, se elas vão ao museu, qual é o interesse? Como elas dialogam com a ciência? Como elas compreendem e lidam com aqueles conteúdos que estão ali expostos? Então, tudo isso a gente está avaliando nesses diversos estudos com grupos diferentes de pessoas com diversos tipos de deficiência.
Depoimentos:
Membro Julia Norberto
Famílias nos museus
Membro Mariana Fernandes
Membro Rodrigo Machado
Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência
Fabiane Valente - Barreiras para uma pessoa surda em um museu de ciência
Membra Marcelle Pita
Membro Willian de Abreu
Membra Kamylla Passos
Membra Gabriela Heck
Olá, eu me chamo Gabriela Heck, eu sou de Porto Alegre no Rio Grande do Sul e faço parte do Grupo de Museus e Centros de Ciências Acessíveis. Eu sou formada em ciências biológicas. Atualmente eu estou no mestrado em educação em ciências e matemática. Eu escolhi essa área do mestrado porque durante a graduação de uma experiência é muito boa com uma disciplina de Libras que me abriu os olhos para essa comunidade e fez me apaixonar pela língua de sinais.
Então eu decidi conhecer mais conhecer as histórias, a luta, as conquistas já realizadas. Decidi me capacitar na língua brasileira de sinais para poder, depois da minha graduação, realizar o mestrado que pudesse aplicar essa conhecimentos para a comunidade Surda. Então agora no mestrado, eu estou desenvolvendo um projeto que tem o objetivo de ampliar e aprimorar um pouco mais ensino de ciências para alunos surdos utilizando espaços não-formais de ensino que são os museus e centros de ciências. E eu escolhi esses lugares porque eles têm um apelo visual muito forte que é muito importante para o ensino de ciências mais lúdico tanto para ouvintes quanto para surdos, mas que para os surdos tem uma importância maior porque a educação se dá de uma forma muito mais.
Então o museu tem que fazer as suas exposições, tem interações, tem imagens que a gente que consegue ampliar um pouco o aprendizado de ciências. Dessa forma então com projeto que visa ampliar a inclusão para alunos surdos a partir do ensino de ciências em museus de ciências, eu pretendo então poder ampliar um pouco a alfabetização científica, o letramento científico dessa comunidade para que eles possam participar mais das decisões da nossa sociedade e das coisas que vêm acontecendo no mundo. Então atualmente meu projeto está um pouco alterado, porque devido a pandemia eu não pude realizar atividades práticas que eu ia fazer no museu com alunos surdos.
Agora estou realizando uma parte pouco mais teórica com uma pesquisa um pouco mais aprofundada sobre como vem acontecendo no Brasil o ensino de ciências em museu espaços não formais de ensino voltado a alunos surdos. Eu espero poder em breve voltar aqui com meus resultados e apresentar para vocês. Então é isso, tchau!
Membra Taáte Thomas
Olá, eu sou a Taate, e faço parte do grupo de estudos e pesquisas Museus e Centros de Ciências Acessíveis. A minha formação é em Letras e tento na própria faculdade eu tive contato com o atividades e ações de divulgação científica, só que na época eu não sabia muito bem identificar que aquilo era divulgação científica.
Também na faculdade, eu fiz um estágio é remunerado, ou seja, não obrigatório, e eu era professora de língua portuguesa. Nesse estágio, tive o contato com diversos alunos, isso lá em Ricardo Albuquerque, né?
Eu tive um contato com um aluno autista e nesse momento, nessa época, eu não sabia muito bem como lidar com ele, como trazê-lo, enfim, e tornar minhas aulas de reforço mais acessíveis. Passando um pouquinho na linha do tempo, na pós-graduação em divulgação científica que fiz no IFRJ Mesquita, eu conheci uma amiga maravilhosa, aluna também, a Emília. A Emília tem filho, o nome dele é Alef e ele é autista. E a Emília durante as aulas falavam muito sobre a sua experiência em ser mãe e professora também, mãe de um filho autista. A Emília conduziu seus estudos de divulgação científica voltados para a revisão bibliográfica sobre autismo. Ela discutia muito com a gente sobre a questão de ir não achar quase nada a respeito disso, divulgação científica e inclusão.
Nesse meio tempo eu fiz o curso de mediador escolar e tive oportunidade de trabalhar acompanhando uma aluno com síndrome de down. Foi a partir daí também acredito que na prática com essa aluna e com essa área né? Isso no ensino formal, eu pensei em falar, tratar sobre isso no meu mestrado, na minha pesquisa de mestrado. Então tentei o processo seletivo para o Mestrado em Divulgação Científica, em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde, da Fiocruz, e fui muito bem acolhida pela minha orientadora Jessica Norberto, que já tem um caminho consistente traçado nessa área. Bem, o que eu posso adiantar da minha pesquisa seria sobre experiências de crianças e adolescentes em museus de ciências, eu escolhi o Museu do Amanhã. Na verdade, ela faz parte de um projeto, de um grande projeto que é o protocolo "Olhar do visitante".
Então que busca compreender o olhar do próprio visitante, de diversos visitantes nas exposições. Entre eles já estão sendo realizados trabalhos do grupo com pessoas surdas, cegas, e enfim, aí nós iremos compreender um olhar de crianças e pré-adolescentes junto com seus familiares nos museus, para adolescentes com síndrome de down. O que nós encontramos até agora que ao analisar o Guia de Museus e Centros de Ciências Acessíveis, produzido pelo grupo, pouco são museus, isso na América Latina e Caribe, poucos foram os museus que se autodeclararam que tem alguma atividade acessível para deficiência intelectual. Isso foi muito interessante, encontrei dois museus apenas que falavam, no Brasil, que falavam que faziam atividades para pessoas com síndrome de down.
Um em São Paulo, que é o Centro Científico Cultural em São Paulo, e o Museu de Ciências da Terra em Minas Gerais, Viçosa. Bom, então, por enquanto é isso. Eu acredito que nós teremos que adaptar a minha pesquisa por conta da pandemia do coronavírus. Essa questão do isolamento, não sabemos muito bem como vai ficar ano que vem, porque seria o ideal ano que vem já aplicar a prática. Eu acredito que nós vamos sair adaptar-me pesquisa para algo online, enfim... É isso, gente. Obrigada pela oportunidade de me apresentar. Até logo!
A participação de pessoas com deficiência em museus e na divulgação científica
Olá! Eu sou o Ednilson Sacramento e na condição de uma pessoa cega eu avalio o museu e as casas de cultura como espaços de excelência, não só pela preservação da memória, mas também pela contínua atualização de nossa história e da história do mundo. E os museus são
espaços privilegiados para que a gente possa ter um encontro com a nossa história e esse encontro precisa ser permitido para todas as pessoas. As pessoas com deficiência ainda encontram muitas barreiras para apreciar uma obra artística dentro de um museu. Dessa forma, é imperativo que a gente consiga colocar recursos de acessibilidade nos espaços museais, sejam eles destinados a pessoas cegas, sejam eles destinados a pessoas surdas, a pessoas idosas, a pessoas com baixa visão. Portanto, o museu que se pretende ser útil e benéfico para todas as pessoas precisa ser um museu acessível para as pessoas com deficiência. A divulgação científica, a partir da comunicação é um fenômeno importante para todas as pessoas e para o segmento de pessoas com deficiência, ainda mais. Entretanto, essa comunicação e essa divulgação deve ser feita seguindo alguns critérios de acessibilidade. Por quê? Porque pessoas surdas vão absorver essas informações de uma forma, pessoas cegas de outra, e assim por diante. Dessa forma, é importante que ao fazer uma divulgação de matérias científicas se cuide para que, além da linguagem ser simples e acessível, a modalidade sobre como isso será passado para as pessoas deve ser levado em conta. Então, as pessoas com deficiência precisam, se elas são surdas, de uma comunicação baseada na legenda e na janela com intérprete de Libras.E para aumentar ainda a compreensão, por exemplo, de uma pessoa cega é importante que se use o recurso da audiodescrição, que é a tradução daquelas imagens que aparecem no suporte comunicativo em forma de texto, para que essa mensagem seja compreendida de maneira satisfatória.
Fátima Martins fala sobre a participação de pessoas com deficiência em museus
Olá! Sou Fátima Martins Eugenio de Goiânia.
Acredito que todos os espaços devem estar adequados às necessidades individuais do cidadão. Cada vez mais grupos sociais estão saindo e se adequando aos movimentos sociais. Daí, a necessidade de se adequar e acessibilizar os museus do Brasil. Porque as pessoas precisam de participar adequadamente de todas as exposições e movimentos e eventos. Daí, a necessidade de Libras, audiodescrição e acessidade arquitetônica em todos os museus do país. Para que as pessoas vivenciem e compreendam melhor os processos culturais.
Diniz Cândido e Cida Silva falam sobre a participação de pessoas com deficiência em museus
Olá, o meu nome é Diniz Candido. Eu tenho deficiência visual congênita. Gosto muito de tecnologia e gosto muito de consumir cultura. Então, museus, teatros, cinemas, tudo que estiver ao nosso alcance. Sei que existem basicamente duas formas de deixar uma obra de arte acessível a quem tem deficiência visual. As duas formas que tenho visto nos museus. A descrição das imagens. A descrição textual das imagens, mesmo de imagens abstratas é possível fazer. Claro, com técnicas de audiodescrição. E também as maquetes. A reprodução da imagem em relevo. Isso é muito legal! A gente consegue ter uma noção muito mais exata de como é uma obra de arte quando a gente pode tocar nessa obra ou em uma maquete dessa obra. Acredito que quanto mais museus adotarem essas duas formas, seja a audiodescrição da imagem, seja a reprodução em maquete, mais acessível eles vão ficar. E eu espero que cada vez mais eu possa consumir mais cultura. Obrigado, um abraço. Olá, eu sou Antônia Aparecida. Professora, pedagoga e psicóloga. Conhecida por Professora Cida Silva. Sou deficiente visual desde os três anos. Tenho a vida inteiramente normal. Trabalho, passeio e viajo. Nas minhas viagens gosto muito de conhecer museus, mas penso que muitas vezes levamos desvantagem das pessoas que têm visão. Por isso, para vocês que estão pensando na efetivação da inclusão, que pensem em condições que possam propiciar a nossa inclusão nos museus. Seja através de réplicas, de piso táteis, conteúdos em braile, audiodescrição, mecanismos que nos proporcionem a acessibilidade em todos os aspectos, seja elas arquitetônicas até as atitudinais. A todos vocês, um enorme beijo no coração, forte abraço. Para conhecer melhor o meu trabalho, visitem meu canal no YouTube: Professora Cida Silva.
Felipe Monteiro fala sobre a participação de pessoas com deficiência em museus
Meu nome é Felipe Monteiro, tenho deficiência visual, 42 anos e 1 metro e 70. Sou
moreno claro, tenho cabelos sobrancelhas e olhos castanhos escuros. Estou com uma
camisa azul. Eu sou um frequentador assíduo de espaços museais. Geralmente eu tenho boas experiências. Apesar da maioria deles não ter recursos de acessibilidade, mas hoje eu quero contar sobre uma experiência negativa que eu tive em um desses espaços.Nesse espaço eles ofereciam um scanner leitor, que é um dispositivo onde você pode colocar algum texto e fazer a leitura desse texto né? E ouvir através de um leitor de telas,de um sistema de voz sintetizada. E aí eu estava visitando essa exposição e resolvi conhecer esse recurso. E aí cheguei até o scanner.Escolhi um livro que eu queria fazer a leitura, coloquei no scanner e logo de pronto o scanner não funcionou. Tentei algumas vezes e posicionei o livro, mudei de posição, enfim não funcionou. Aí, tinha um mediador junto comigo, ele tentou também,não conseguiu, aí não funcionou, aí o mediador já chamou um técnico de informática. Veio o técnico de informática, nesse momento eu já tinha saído da cadeira. O técnico já tava lá, daqui a pouco o técnico chamou o coordenador do setor da informática. Também tentaram e não conseguiram.Enfim foi uma aglomeração de pessoas ali para tentar resolver o problema. E por que que eu estou contando essa história? Eu estou contando porque isso causou um constrangimento. Era pra ser uma situação simples, que era só colocar o livro e fazer a leitura, mas por conta de, talvez por falta de teste ou pelo fato do equipamento realmente não ser de boa qualidade, eu não sei bem. Criou uma situação constrangedora, porque muita gente ali, fazendo muitas perguntas. Isso foi realmente constrangedor e frustrante porque no final das contas não conseguimos utilizar o dispositivo. Então, eu quero deixar essa mensagem. É importante quando nós disponibilizamos algum recurso para o visitante que esse recurso seja testado e que as partes envolvidas. No caso o mediador ele esteja treinando para poder utilizar aquele equipamento, porque eu fico pensando se é uma outra pessoa ela poderia desistir e não voltar nunca mais em num espaço museal como aquele. Então é esse meu relato.
A participação de pessoas com deficiência em museus e na divulgação científica
Pessoas com deficiência visual e a divulgação científica. Vamos falar de Fake News? Oi, é um prazer muito grande tá gravando para seu projeto. É uma honra para mim. Nesta gravação, nesse vídeo pequeno,falarei sobre com as fake news afetam minha vida de pessoa com deficiência ainda mais nesse momento pandêmico, tá? Primeiramente, é óbvio, nós temos todos que admitir que é fake news ela emburrece a população. Infelizmente, as fake news nos conduzem para um caminho errado para um caminho no qual nós pensamos de uma forma que não condiz com a realidade.Então, sem dúvida, que isso é péssimo em todos os cenários.E no caso da pessoa com deficiência, especificamente, no meu caso deficiência visual,não é diferente. Fake news é algo péssimo e reprovável.Mas, como está afetando em minha vida?
Bom, eu consumo muito informação pela internet.Então, assim, eu tenho que tomar muito cuidado para ver, para buscar ter uma noção se aquela informação que eu estou consumindo é boa, merece ser consumida, merece ter credibilidade, ou não.E para isso eu acho que nós devemos sempre usar o nosso bom senso e ter noção de algumas coisas. Por exemplo, se a notícia tem um tom muito alarmista, né, provavelmente é fake news. Dentre outras coisas, mas isso nós só aprendemos com o tempo vamos ficando calejados dessas fake news.Eu espero que você tenha gostado do meu relato. E qualquer coisa mais que eu puder contribuir, fique à vontade para entrar sempre em contato. Mais uma vez, muito obrigado pelo convite.